Três líderes da Al-Qaeda mortos num raide dos EUA no Iémen

O ataque terá matado também dez civis: sete mulheres e três crianças
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Pelo menos 30 presumíveis membros da Al-Qaeda, três deles líderes da organização, e 10 civis foram hoje mortos no primeiro grande raide no Iémen realizado pelos EUA depois da chegada de Donald Trump ao poder, indicou um responsável iemenita.

Os 'drones' e helicópteros Apache, com metralhadoras pesadas, tiveram como alvo esconderijos da Al-Qaeda numa escola, uma mesquita e uma clínica, destacou o funcionário, que pediu o anonimato.

Nestes raides morreram 10 civis: sete mulheres e três crianças.

Fontes tribais e locais tinham indicado anteriormente que o raide também visou as casas de três chefes tribais ligados à Al-Qaeda.

Fontes da segurança iemenita e autoridades tribais citadas pela agência AP, mas sob anonimato, porque não estavam autorizados a informar jornalistas, afirmaram que o ataque de hoje de madrugada foi realizado na província de Bayda com aviação, mas também com uma batalha no solo, e matou Abdul-Raouf al-Dhahab, Sultão al-Dhahab e Seif al-Nims, três alegados líderes da Al-Qaeda.

A família Al-Dhahab é considerada uma aliada da rede 'jihadista', que, segundo as forças de segurança, está concentrada na província de Bayda.

Este ataque, de acordo com as mesmas fontes, durou cerca de 45 minutos e os soldados dos EUA mataram ou feriram cerca de duas dúzias de homens, incluindo alguns sauditas presentes no local.

Os EUA, os únicos na região a dispor de 'drones' que podem atingir alvos, consideram o braço da Al-Qaeda na Península Arábica como o mais perigoso da rede 'jihadista'.

As forças governamentais iemenitas, apoiadas desde março de 2015 por uma coligação árabe sob o comando saudita, combatem os rebeldes Houthi, que controlam uma parte do território cuja capital é Sana (no Norte), e grupos 'jihadistas' estabelecidos no sul e no sudeste do Iémen.

Nos últimos dois anos, o grupo Estado Islâmico também reivindicou ataques espetaculares e mortais no Iémen.

Mais de 7.400 pessoas foram mortas no conflito no Iémen desde março de 2015, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um coordenador humanitário da ONU, Jamie McGoldrick, apresentou um relatório no qual dá um balanço superior de vítimas mortais, estimando que foram mortos 10.000 civis.

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