Mais de um décimo da população síria morreu ou ficou ferida desde o início da guerra no país, que "praticamente destruiu" as instituições, infraestruturas e riqueza do país, noticia esta quinta-feira o jornal britânico The Guardian..Citando um relatório do Centro Sírio de Pesquisa Política (SCPR, sigla em inglês), o jornal adianta que o "impacto catastrófico" do conflito diminuiu a esperança de vida em 15 anos - dos 70 em 2010 para os 55,4 em 2015 - e causou prejuízos económicos estimados em 225 mil milhões de euros..[youtube:TZRLvbgaIHs]Um vídeo mostra a destruição da cidade de Homs.Os 470 mil mortos referidos pelo SCPR duplicam o número de 250 mil indicado pelas Nações Unidas até há ano e meio, quando suspendeu a recolha de dados estatísticos..[citacao:Usamos métodos de pesquisa muito rigorosos e estamos seguros quanto a estes números].Desse total, 400 mil morreram como resultado direto da guerra e 70 mil devido às falhas no acesso aos serviços de saúde, falta de medicamentos, de comida e água potável, bem como de ausência de condições sanitárias e habitações condignas..[artigo:5007017]."Usamos métodos de pesquisa muito rigorosos e estamos seguros quanto a estes números", afirmou o autor do relatório, Rabie Nasser, acrescentando que "as mortes indiretas serão maiores no futuro"..[artigo:4973047].Outros números avançados pelo SCPR indicam que a taxa de mortalidade passou dos 4,4 por mil em 2010 para os 10,9 por mil no ano passado..Quanto à economia e no ambiente de "coerção, medo e fanatismo" que se vive na Síria, os roubos, chantagem e contrabando transformaram-na num "buraco negro" que absorve os "recursos domésticos e externos" do país, adianta o relatório..A redução de um quinto da população (21%) explica-se também com a onda de refugiados em direcção à Turquia e à Europa, estimando-se que existam 45% de pessoas deslocadas - 6,36 milhões dentro da Síria e mais de quatro milhões no exterior.