A Coreia do Norte tem plutónio suficiente para fazer dez bombas nucleares, informou hoje a Coreia do Sul, uma semana depois de Kim Jong-Un ter dito que estava perto de testar um míssil balístico intercontinental..A Coreia do Norte, que realizou cinco testes nucleares e vários lançamentos de mísseis, planeia, alegadamente, uma iniciativa nuclear para 2017 e procura desenvolver um sistema de armamento capaz de atingir os Estados Unidos..Os analistas dividem-se sobre quão perto Pyongyang está de completar totalmente as suas ambições nucleares, mas concordam que o país fez enormes avanços desde que Kim assumiu o poder após a morte do pai, Kim Jong-Il, em 2011..O Ministério da Defesa de Seul diz que o Norte tinha cerca de 50 quilos de plutónio para armas no final de 2016, o suficiente para fazer cerca de dez armas, mais que os 40 quilos que tinha há oito anos..O Norte tem também uma capacidade "considerável" de produzir armas com base em urânio altamente enriquecido, segundo o 'livro branco' publicado de dois em dois anos, que não faz, no entanto, estimativas de 'stock' de urânio para armas, apontando para os segredos impenetráveis do programa de urânio..O 'think-tank' dos Estados Unidos Institute for Science and International Security estimou em junho que o arsenal nuclear total do Norte era de mais de 21 bombas, acima das 10 a 16 de 2014..O programa nuclear da Coreia do Norte levou o país a sofrer sanções impostas pela ONU que, em 2016, levaram a perdas equivalentes a 7,4% do valor das suas exportações no ano anterior, segundo um estudo do Instituto de Estratégia para a Segurança Nacional, em Seul, hoje publicado..A percentagem foi calculada estimando que o regime de Pyongyang perdeu, entre março (quando o primeiro pacote de sanções de 2016 foi aplicado) e dezembro, 200 milhões de dólares..O número foi estimado tendo em conta a limitação das exportações norte-coreanas (principalmente para a China, o seu principal parceiro comercial), e também a queda das remessas dos trabalhadores norte-coreanos no exterior (cerca de 50 mil, principalmente na Rússia e na China)..O estudo sublinha que países como a China e o Kuwait se tornaram mais restritos na autorização de entrada de trabalhadores norte-coreanos após as sanções..No entanto, foi o "encerramento do complexo industrial intercoreano (de Kaesong) que prejudicou em maior medida a entrada de moedas de peso no Norte", explica o relatório.