Os senadores democratas pediram esta terça-feira aos líderes republicanos para abandonarem a revogação da reforma do sistema de saúde promovida pelo ex-Presidente americano Barack Obama, conhecida como Obamacare, propondo um diálogo político sobre eventuais melhoramentos da atual lei..O apelo foi feito numa carta assinada pelos 46 representantes democratas no Senado (câmara alta do Congresso dos Estados Unidos, de maioria republicana) e por dois senadores independentes que geralmente votam ao lado do Partido Democrata..Na missiva, os senadores democratas apelam aos líderes do Partido Republicano para abandonarem os seus esforços para revogar o 'Obamacare' e afirmam que, caso isso aconteça, estão disponíveis para ajudar "a melhorar o sistema de saúde para todos os americanos"..Os democratas assumem o compromisso de trabalhar em conjunto com o Partido Republicano para reduzir os custos dos medicamentos, estabilizar o mercado dos seguros de saúde e ajudar as pequenas empresas a fornecerem assistência na área da saúde..A Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), também de maioria republicana, adotou na quinta-feira um texto de revogação e substituição da emblemática lei de Obama, o que constituiu uma vitória para o atual Presidente americano, Donald Trump..A adoção do diploma ocorreu após várias semanas de negociação na bancada republicana e duas tentativas falhadas para aprovar o texto. A discussão sobre o diploma prossegue agora no Senado..Os democratas reiteraram que o texto aprovado na Câmara dos Representantes coloca em perigo a assistência médica de cerca de 24 milhões de americanos..No domingo, numa intervenção na cidade americana de Boston, Obama pediu "coragem política" aos membros do Congresso norte-americano para impedir a revogação da lei de saúde que promoveu em 2010.."Espero que os atuais membros do Congresso reconheçam que é preciso pouca coragem para ajudar aqueles que já são poderosos, cómodos e influentes, mas que é necessária uma grande coragem para defender os vulneráveis, os convalescentes e os doentes", insistiu o ex-Presidente, referindo-se às consequências do projeto de lei apresentado pelos republicanos.