Senador do PT preso por atrapalhar investigação sobre Petrobras
O senador Delcídio Amaral, líder do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado brasileiro, foi preso hoje sob suspeita de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, que apura crimes cometidos na Petrobras.
Por ser tratar de um senador eleito, a prisão foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal após solicitação do Ministério Público. Também foram pedidas buscas na residência de Amaral e a prisão de seu chefe de gabinete.
Um senador que esteja a cumprir mandato só pode ser preso no Brasil quando apanhado em flagrante, mas perturbar uma investigação é considerado um crime permanente no país. O PT é o partido da Presidente Dilma Rousseff e do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Amaral foi mencionado num depoimento do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que afirmou que o senador fez parte de desvio de recursos na compra da refinaria Pasadena, nos Estados Unidos, e que ofereceu ajuda para fugir em troca de o ex-diretor não prestar informações à Justiça.
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Segundo a Folha de São Paulo, um filho de Cerveró gravou a conversa entre o pai e o senador.
Outros dois suspeitos de envolvimento de corrupção na Petrobras foram presos hoje: o advogado Edson Ribeiro, que trabalhava para Cerveró, e o banqueiro André Esteves.
Na terça-feira, a Polícia Federal brasileira prendeu o empresário pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-Presidente Lula da Silva e acusado pelo Ministério Público Federal de usar contratos assinados com a Petrobras para saldar empréstimos bancários destinados a financiar o PT.