Sanções contra a Turquia provam determinação dos EUA
O secretário de Estado Mike Pompeo voltou a exigir hoje à Turquia a libertação de um pastor norte-americano que está detido, um caso que levou ao anúncio de sanções que provam a determinação dos EUA, segundo o governante.
As sanções contra ministros turcos do Interior e da Justiça são a "prova" da "determinação" dos Estados Unidos para garantir a libertação do pastor Andrew Brunson, sublinhou hoje Pompeo antes de se encontrar com o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu, em Singapura, à margem de uma cimeira sobre segurança no sudeste asiático.
"Os turcos tinham sido avisados de que o tempo se tinha esgotado e que estava na hora de fazer regressar o pastor Brunson", disse o secretário de Estado norte-americano aos jornalistas.
Um dos outros pontos de conflito diplomático entre os dois países tem a ver com a prisão de funcionários locais dos consulados americanos na Turquia.
Os Estados Unidos já tinham pedido a libertação de Andrew Brunson, que está em prisão domiciliária desde a semana passada, depois de um ano e meio de prisão por terrorismo e espionagem, acusações refutadas pelo próprio e pelos Estados Unidos.
"Brunson deve ir para casa, como todos os norte-americanos detidos pelo Governo turco", disse Pompeo, acrescentando que essas pessoas estão detidas há muito tempo e que são "inocentes".
"Pastor Brunson é um pastor inocente e eles têm que deixá-lo voltar para os Estados Unidos", defendeu o chefe da diplomacia norte-americana.
A Turquia, por seu lado, tem reclamado, sem sucesso, a extradição de Fethullah Gülen, acusado pelo Presidente Erdogan como o cérebro do alegado golpe de Estado em julho de 2016 na Turquia.