Republicanos adiam votação de lei migratória para garantirem aprovação

O texto que será votado na sexta apresenta um caminho para a cidadania para até 1,8 milhões de jovens indocumentados, (os "<em>dreamers</em>") e evitará a separação familiar, mas prevê milhões de dólares para muro com o México
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Os líderes republicanos da Câmara dos Representantes adiaram nesta quinta-feira para sexta-feira a votação do seu projeto de lei migratória para se assegurarem de que obterão os 218 votos necessários para a respetiva aprovação.

Esse texto, designado como "Compromisso", é resultado de semanas de negociações entre a liderança republicana, mais conservadora, e os representantes mais centristas, mas até agora, não é certo que consiga obter apoio suficiente.

O outro projeto de lei migratória apresentado hoje, mais radical, foi rejeitado, como já era esperado, pela câmara baixa do Congresso, com 231 votos contra e apenas 193 a favor

Alguns republicanos pressionaram a liderança do grupo parlamentar para adiar a votação de hoje do projeto "Compromisso", com o objetivo de ter mais tempo para rever o pacote legislativo, de quase 300 páginas.

O representante Carlos Curbelo, do Estado da Florida, um dos principais negociadores centristas do projeto de lei da imigração, disse que não se opunha ao adiamento da votação até sexta-feira, desde que não seja novamente adiado.

O texto cuja votação final será na sexta-feira proporcionará um caminho para a cidadania para até 1,8 milhões de jovens indocumentados conhecidos como "sonhadores" (dreamers) - fazendo do voto nesta proposta de lei um movimento político arriscado para os conservadores - e evitará a separação familiar, mas, em contrapartida, prevê 25 000 milhões de dólares para a construção do muro fronteiriço com o México que o Presidente, Donald Trump, quer e que considera reduzirá a imigração ilegal.

O projeto de lei mais conservador, impulsionado pelo congressista Bob Goodlatte, financiava um muro ao longo da fronteira sul dos Estados Unidos, punha fim ao programa de lotaria de vistos, reduzia os vistos familiares para reunificação familiar e dotava de estatuto legal os "sonhadores", mas não lhes abria caminho para adquirir a nacionalidade norte-americana.

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