Rapper condenado por elogio ao terrorismo e insultos à Coroa

A última sentença considerou as publicações do rapper no Twitter onde defende o GRAPO, considerado pela União Europeia como uma organização terrorista
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A Audiência Nacional de Espanha - tribunal com sede em Madrid e que tem jurisdição em todo o território espanhol - condenou Pablo Rivadulla, o rapper conhecido como Pablo Hásel, a dois anos e um dia de prisão, por um crime de glorificação do terrorismo e insultos a Coroa e às suas instituições. Os crimes foram efetivados através de comentários e insultos que Hásel terá feito nas redes sociais. O tribunal fixou ainda uma multa de 24.300 euros

De acordo com o jornal La Vanguardia, as publicações de Hásel foram consideradas "uma ação conjunta, dirigida contra a autoridade do Estado nas suas múltiplas formas, desprezando-as e denegrindo-as pessoalmente e como um todo, aludindo à necessidade de se ir mais longe".
Numa das mensagens, que o rapper publicou com uma foto de um membro do GRAPO (Grupo de Resistência Antifascista Primeiro de Outubro), Hásel escreveu: "as manifestações são necessárias, mas não o suficiente, vamos apoiar aqueles que foram mais além".

"Não é um mero comentário em que uma opinião é vertida, mas sim uma mensagem que contém claramente um convite para conduzir um comportamento igual ao dos seus referentes e onde se encoraja a tentar imitar essas ações", concluiu o tribunal.

Em 2014, Pablo Hásel, já tinha sido condenado a 24 meses de prisão devido ao conteúdo de várias das suas letras e a algumas publicações na rede social Twitter.

"Muerte a los borbones", título de uma das suas canções, numa evidente referência à Casa dos Bourbons, que ocupam atualmente o lugar da realeza espanhola, contribuiu para a condenação. O rapper catalão não cumpriu a pena de prisão devido ao enorme apoio popular, como um protesto público em Lérida, a sua terra natal.

Esta última condenação considerou as publicações do rapper no Twitter onde defende o GRAPO, considerado pela União Europeia como uma organização terrorista e pelas críticas à Coroa espanhola, que Hásel considera legítimas e válidas, alegando que recorre a "dados objetivos" publicados nos media.

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