PSOE, PP e Vox travam comissão parlamentar para investigar finanças de Juan Carlos

Unidas Podemos, parceira de governo de Sánchez, tinha pedido a criação da comissão. Justiça suíça investiga a origem de 65 milhões de euros depositados numa conta bancária em nome de Corinna Larsen, antiga amante do rei emérito, oriundos de uma fundação do Panamá com ligações ao pai de Felipe VI
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A Mesa do Congresso espanhol, onde PSOE e Partido Popular têm a maioria, rejeitou esta terça-feira a criação de uma comissão de inquérito parlamentar para investigar as finanças do rei emérito, Juan Carlos. Além do voto negativo dos dois maiores partidos, a proposta da Unidas Podemos (aliada dos socialistas no governo), da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) e o Grupo Plural (que abarca pequenos partidos) foi rejeitada pelo Vox.

A rejeição dos socialistas prende-se com os relatórios dos serviços jurídicos do Congresso que têm sempre defendido a inviolabilidade da figura do monarca, segundo a Constituição espanhola. Quando em 2014 abdicou a favor do filho Felipe VI, após 38 anos no trono, Juan Carlos perdeu a imunidade.

Na semana passada, a procuradoria anticorrupção espanhola pediu informações ao Ministério Público suíço. Em causa está a investigação sobre o depósito de 65 milhões de euros numa conta bancária na Suíça em nome de Corinna Larsen, antiga amante de Juan Carlos. O dinheiro teria tido origem numa fundação no Panamá com ligações ao rei emérito.

O partido de Pablo Iglesias já por três vezes tentou criar uma comissão de inquérito a Juan Carlos, mas a Mesa do Congresso dos Deputados rejeitou sempre as pretensões com base em relatórios dos serviços jurídicos.

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