Vários grupos aborígenes em Labrador acreditam que Corte-Real, na expedição em 1501, poderá ter escravizado 57 indígenas, enviando-os para a Europa..O chefe do governo de Terra Nova e Labrador disse que não tem pressão direta para retirar a estátua, mas que "vai lançar uma revisão sobre essa hipótese e outras estruturas com uma história questionável".."Vamos analisar alguns factos. Este processo vai necessitar de envolver o público, não há nenhuma questão sobre isso. Temos um bom mecanismo em vigor onde podemos alcançar as pessoas na Terra Nova e Labrador", afirmou Dwight Ball..O monumento de Corte-Real está localizado em frente ao Confederation Building, o parlamento provincial de Terra Nova e Labrador, tendo sido doado por Portugal em 1965, como "agradecimento pela hospitalidade" daquela região aos pescadores portugueses..O 'premier' acrescentou que esta revisão de monumentos não se aplica apenas ao de Gastar Corte-Real.."Há vários monumentos que se vêm ver ao longo da província e que não refletem o que somos hoje. Temos de estar abertos a uma mudança, fazendo-o trabalhando com as autoridades, grupos públicos, historiadores e com o próprio governo. Façam a pesquisa, a análise. Estamos preparados para fazer a mudança", sublinhou Ball..A contestação gerada contra estátuas de personalidades ligadas à escravatura surgiu na sequência de manifestações desencadeadas em todo o mundo, depois da morte do afro-americano George Floyd, asfixiado por um polícia branco, em 25 de maio..Em Portugal as estátuas do Padre António Vieira, em Lisboa, e do Cónego Mello em Braga foram vandalizadas com inscrições a tinta vermelha.