A Procuradoria brasileira pediu hoje ao Supremo Tribunal do Brasil que investigue o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, três ministros do governo de Dilma Roussef e outros 27 políticos por alegado envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras..Segundo a agência Efe, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu que, além de Lula, sejam investigados os ministros da Secretaria da Presidência, Ricardo Berzoni, da Informação, Edinho Silva e o chefe de gabinete da Presidência, Jaques Wagner..Lula, que foi nomeado ministro de Dilma Rousseff, mas não pode assumir o cargo por ordem judicial, já estava a ser alvo de duas investigações por alegada corrupção e branqueamento de capitais em dois tribunais comuns, mas a Procuradoria dirigiu agora um pedido ao Supremo Tribunal..Na lista há figuras importantes do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), a que pertence o vice-presidente Michel Temer, que pode assumir o poder na próxima semana se o Senado decidir iniciar o processo contra Rousseff..Trata-se de Henrique Eduardo Alves, ministro do Turismo até há cerca de um mês, o chefe da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, e Silas Rondeau, que foi ministro da Energia durante o governo de Lula..Jader Barbalho, senador do PMDB também está na lista, de acordo com a AFP..O pedido de inquérito envolve também Giles de Azevedo, assessor pessoal da presidente, e Erenice Guerra, que sucedeu a Rousseff como ministra da Presidência de Lula..Também aparecem o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e o atual presidente do instituto dirigido por Lula, Paulo Okamotto..No documento, Janot destaca que "no âmbito dos membros" do Partido dos Trabalhadores (PT, no poder) há novos elementos que demonstram que a "organização criminosa" que atuou na Petrobras "teve um alcance mais amplo do que se imaginava"..O Procurador-Geral salienta que a "organização criminosa" que desviou dinheiro da petrolífera estatal nunca poderia ter funcionado por tanto tempo e "de uma forma tão ampla e agressiva" no âmbito do Governo Federal "sem a participação do ex-presidente Lula".