"Tolerância zero" para entrada de imigrantes ilegais
"A situação é inaceitável", disse o procurador-geral dos EUA sobre a entrada de imigrantes ilegais pela fronteira do México. Jeff Sessions anunciou a adoção de uma política de "tolerância zero"
O procurador-geral dos Estados Unidos da América, Jeff Sessions, anunciou na sexta-feira a adoção de uma política de "tolerância zero" para com a entrada de imigrantes ilegais pela fronteira com o México.
Segundo um comunicado do Departamento de Justiça, citado pela agência Efe, os serviços do Ministério Público dos estados situados junto à fronteira vão implementar esta nova orientação, para impedir as tentativas de acesso ao território norte-americano desde o país vizinho.
A medida é destinada aos serviços no sul da Califórnia, Arizona, Novo México, e oeste e sul do Texas.
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A situação na fronteira sudoeste é inaceitável
O comunicado, que cita dados do Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos da América (EUA), refere que entre março de 2017 e março último o número de imigrantes que passaram a fronteira sul de forma ilegal aumentou 203%. Entre fevereiro e março deste ano o crescimento foi de 37%, o maior desde 2011.
"A situação na fronteira sudoeste é inaceitável", considerou Jeff Sessions que responsabilizou o Congresso dos EUA de ter falhado na aprovação de legislação eficaz para ajudar o interesse nacional no sentido de fechar as "estradas perigosas e financiar, por completo, o muro ao longo da fronteira sul".
Como resultado desta situação, o procurador-geral norte-americano considerou que explodiu uma crise naquela fronteira que "precisa de um maior esforço para perseguir" quem a escolhe cruzar ilegalmente.
Esta decisão do procurador-geral sucede ao anúncio do Presidente dos EUA, Donald Trump, do envio entre dois mil e quatro mil militares para a fronteira com o México
Jeff Sessions pediu aos investigadores do seu departamento para que façam cumprir a lei, o que considerou como fundamental para proteger o país, as suas fronteiras e os seus cidadãos.
Esta decisão do procurador-geral sucede ao anúncio do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, do envio entre dois mil e quatro mil militares para a fronteira com o México.
Na quinta-feira, Donald Trump disse que estima enviar entre 2.000 a 4.000 militares para a fronteira com o México, dias depois de ter ordenado o "envio imediato" da Guarda Nacional norte-americana para a zona.
Um dia antes, o Presidente norte-americano afirmou que "a anarquia" na fronteira é "incompatível com a segurança e a soberania do povo americano" e que a sua administração "não tem outra escolha a não ser agir".
De acordo com ordem presidencial, o secretário da Defesa e o Departamento de Segurança devem trabalhar juntos na proteção da fronteira, de forma a "impedir o fluxo de drogas e pessoas".