Príncipe saudita esteve sempre em contacto com o alegado assassino do jornalista Jamal Khashoggi

<em>Washington Post</em> revela que príncipe herdeiro e alegado supervisor do homicídio trocaram mensagens antes e depois do assassínio de Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul.
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As ligações do príncipe saudita Mohammed bin Salman ao homicídio de Jamal Khashoggi são cada vez mais evidentes.

Este domingo, o jornal norte-americano Washington Post revelou que "fontes próximas ao assunto" confirmam que o monarca trocou várias mensagens com o experiente funcionário que alegadamente supervisionou o assassinato. Antes e depois da morte do jornalista.

As mensagens são mais uma prova recolhida pela CIA que substancia o envolvimento de bin Salman, algo que a secreta já tinha defendido no Congresso norte-americano.

As mensagens foram trocadas no dia 2 de outubro entre Mohammed e Saud al-Qahtani, um dos mais próximos colaboradores do príncipe e o responsável pela criação de uma lista negra dos seus opositores.

No sábado, o Wall Street Journal já tinha referido estes SMS, contabilizando 11 trocas. Mas o conteúdo das mesmas não foi apurado pela imprensa. Oficiais próximos da CIA dizem que estas novas provas fizeram a agência subir para "média a alta confiança" a probabilidade de envolvimento de bin Salman.

Anonimamente, as mesmas fontes dizem ao Post que nos corredores da CIA essa confiança é bastante alta.

A administração Trump reforçou este domingo a necessidade de manter boas relações com o país árabe. Os sauditas admitem que foram os seus agentes a matarem Khashoggi, mas recusam o envolvimento do príncipe.

O secretário de Estado Mike Pompeo, equivalente americano ao ministro dos Negócios Estrangeiros, disse que a leitura completa do relatório não permite auferir qualquer ligação e relembrou que riade é um parceiro fundamental nas políticas para o Afeganistão e o Irão.

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