Fez post no Facebook a ameaçar Trump e agora enfrenta deportação

O estudante egípcio fez uma publicação afirmando que estava "disposto a matar Donald Trump"
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Um estudante egípcio a frequentar a escola de aviação na Califórnia (EUA) enfrenta deportação do país após ter publicado uma mensagem no Facebook afirmando que estava pronto para matar Donald Trump.

Emadeldin Elsayed, de 23 anos, foi detido por agentes federais no dia 12 de fevereiro na escola de aviação de Los Angeles após publicar o que as autoridades consideraram uma ameaça de morte contra o pré-candidato às presidenciais norte-americanas.

"Estou disposto a matar Donald Trump e cumprir uma pena perpétua. O mundo inteiro iria agradecer-me por o fazer", escreveu Elsayed na sua página de Facebook, de acordo com o seu advogado Hani Bushra.

Apesar de as autoridades não terem apresentado qualquer acusação criminal contra Elsayed, um juiz de imigração ordenou esta semana que fosse deportado, sustentado pelo facto de a escola de aviação ter cancelado a sua inscrição e, por isso, o seu visto de estudante deixar de ser válido. O juiz também recusou libertar Elsayed sob fiança após a acusação argumentar que havia risco de fuga.

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Bushra disse à AFP que apesar de o seu cliente ter mostrado mau julgamento ao publicar a mensagem no Facebook, não tinha qualquer intenção de ferir Trump e estava arrependido.

"É só um miúdo que fez uma coisa estúpida. Tratou-se de retórica enfurecida, talvez semelhante à retórica usada pelo próprio Donald Trump quando diz coisas como 'vamos matar os familiares dos terroristas e os seus filhos e mulheres'. Não acho que ele realmente queira fazer isso, e não acho que o meu cliente realmente quisesse dizer o que disse", afirmou.

Segundo o advogado, a mensagem de Facebook de Elsayed foi uma resposta à retórica anti-muçulmana de Trump e estava acompanhada por um artigo sobre o tema. "Foi uma coisa parva, dada a [atmosfera] no país neste momento. Foi apenas uma resposta enfurecida", disse.

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Bushra indicou que a audiência sobre os procedimentos de deportação está agendada para hoje e que, nesta fase, tudo o que o seu cliente deseja é tempo para organizar as suas coisas antes de deixar o país.

"Ele pagou 41.000 dólares em propinas e tudo o que deseja é alguma flexibilidade para juntar os seus pertences, vender o seu carro e falar com o administrador da escola no sentido de conseguir um reembolso. Depois disso só quer deixar o país", explicou.

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