Porque é que o polícia não abateu o atacante de Toronto?

"Mata-me. Tenho uma arma". "Não me interessa", disse o agente que o deteve. Chefe da polícia da cidade canadiana afirmou que os polícias são "ensinados a usar o mínimo de força possível"
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"Mata-me", disse Alek Minassian, o homem que atropelou várias pessoas em Toronto, Canadá, na passada segunda-feira, causando dez mortos e quinze feridos. A isto, um polícia diz ao homem para se deitar. Minassian recusa e diz ainda que tem uma arma. O agente da autoridade volta a dizer para ele se deitar e acrescenta que não lhe "interessa" que ele esteja armado ou não. O jovem de 25 anos acabou por ser detido sem que fosse alvejado.

Numa altura em que já há muito se questionam algumas atitudes da polícia dos EUA, devido aos vários episódios de mortes devido a tiros das autoridades, a situação canadiana está a ser bastante elogiada e referida como um exemplo de atitude policial no meio de uma situação de caos. E tudo aconteceu poucos minutos depois do atropelamento.

"É bastante claro que o suspeito estava a tentar ser abatido. Estava à procura do 'suicídio por um polícia'", disse à Reuters Gary Clement, que serviu 34 anos na polícia canadiana. Acrescenta ainda que o "condutor conheceu o polícia certo" - cujo nome não foi revelado. "Ninguém sabe como vai reagir. Numa situação como estas vale muito a memória muscular. O agente reagiu de maneira muito madura", disse ainda Clement.

O chefe da polícia de Toronto, Mark Saunders, disse aos jornalistas que os polícias da cidade são "ensinados a usar o mínimo de força possível em cada situação". No entanto, ressalva que o trabalho do agente em questão foi "fantástico", tendo conseguido uma "resolução pacífica".

Nas redes sociais multiplicam-se os elogios ao polícia, às autoridades canadianas, e as comparações entre canadianos e a polícia dos EUA.

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