Polícia detém japonês suspeito de homicídio. 45 anos depois

Acusado da morte de um polícia, em 1971, Masaaki Osaka estava em fuga desde então. Testes de ADN confirmaram a identidade
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Em 1971, o ativista de extrema-esquerda Masaaki Osaka foi acusado de ter agredido e queimado um polícia de 21 anos com um cocktail molotov, durante uma manifestação nas ruas de Tóquio.

Estava em fuga há 45 anos e foi detido no dia 18 de maio, em Hiroshima. Testes de ADN confirmaram a identidade.

O homem, de 67 anos, encontrava-se num apartamento pertencente Liga Comunista Revolucionária Japonesa (LCRJ), de acordo com uma notícia da BBC.

A polícia fazia uma rusga à casa acreditando que era aí que se escondia outro membro do grupo, completa o jornal Japan Times.

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No momento da detenção, a polícia acusou Masaaki Osaka de obstrução. Por essa altura, ainda não conheciam a identidade do homem nem o reconheceram como o alegado homicida em fuga.

Na quarta-feira, Masaaki Osaka foi transportado de Hiroshima para Tóquio, para continuar a ser interrogado. Testes de ADN confirmaram a identidade de Masaaki Osaka, na lista de fugitivos do Japão desde 1972.

Osaka terá agido com um cúmplice, mas o julgamento foi suspenso em 1981 devido aos problemas de saúde mental do homem.

Masaaki Osaka era um dos mais importantes membros do LCRJ no início dos anos 70. A polícia acredita que lhe foi possível manter-se fora dos radares policiais graças à ajuda de militantes deste partido.

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Na manifestação de 1971, a LCRJ prostestava contra o reconhecimento da presença de militares dos EUA no Japão.

A polícia garante que Osaka se tem mantido em silêncio desde a detenção.

Era a pessoa há mais tempo em fuga no Japão, de acordo com a imprensa local. Não existe, no país, prescrição da sentença de condenação em casos de homicídio desde 2010. Era, até então, de 15 anos.

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