Piloto capturado na Líbia que disse ser português... é norte-americano

Piloto capturado no início de maio e acusado de ser mercenário é afinal um veterano da Força Aérea dos Estados Unidos. Jimmy Reis, que na verdade é Jamie Sponaugle, foi libertado
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Afinal, o piloto capturado no início de maio pelas forças rebeldes na Líbia que disse ser português é norte-americano. Segundo o The Washington Post , o homem acusado de atuar como mercenário na Líbia não se chama Jimmy Reis mas sim Jamie Sponaugle, tem 31 anos e é um veterano da Força Aérea dos Estados Unidos.

O norte-americano foi agora libertado após uma detenção de seis meses por uma fação armada na guerra civil daquele país do norte de África, informaram esta terça-feira as autoridades dos EUA.

O Exército Nacional Líbio (LNA) acusou publicamente o homem de pilotar um Mirage F1, um jato de combate fabricado em França, enquanto conduzia missões de bombardeamento contra as suas forças na área.

O LNA é uma das duas fações que trava há anos uma batalha pelo controlo do território e instituições governamentais daquele país, em oposição ao governo de União Nacional (GNA), reconhecido pelas Nações Unidas.

A Líbia vive uma situação de caos desde a revolução de 2011, que pôs fim ao regime de Muammar Kadhafi, com milícias rivais a lutarem pelo controlo do país, rico em petróleo.

O governo de unidade nacional, apoiado pela comunidade internacional, tem conseguido afirmar a sua autoridade na capital, Tripoli, mas não conseguiu sobrepor-se a um governo e parlamento rivais estabelecidos em Tobruk (leste), apoiados pela milícia do poderoso marechal Khalifa Haftar.

O primeiro-ministro líbio, Fayez al-Sarraj, apelou às Nações Unidas (ONU) para apoiar um processo para uma "soução pacífica e democrática" e para supervisionarem as eleições, e pediu uma investigação internacional a alegados "crimes de guerra e crimes contra a humanidade" cometidos durante a ofensiva de Haftar contra Tripoli.

A ofensiva, lançada a 4 de abril, já fez pelo menos 653 mortos, 41 deles civis, e mais de 3.500 feridos, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).

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