Personalidade do ano: Jornalistas assassinados ou perseguidos
Os jornalistas assassinados ou perseguidos são personalidade do ano para a revista Time. Porquê? Porque correm grandes riscos em busca de verdades maiores, pela busca imperfeita, mas essencial, por factos, e por falarem", diz a Time sobre os jornalistas assassinados ou perseguidos que, segundo a revista, são a personalidade do ano.
Jamal Khashoggi, Maria Ressa, Wa Lone, Kyaw Soe Oo e o jornal Capital Gazette fazem parte do grupo de vencedores.
Jamal Khashoggi, colunista do Washington Post e crítico do príncipe herdeiro saudita, desapareceu depois de entrar no consulado saudita em Istambul, para ir buscar documentos para o seu casamento. As autoridades turcas suspeitam que foi morto no interior do consulado, tendo a Arábia Saudita já identificado e preso dois suspeitos da morte do ex-jornalista.
Maria Ressa, dirige o Rappler, um site de notícias online nas Filipinas que denunciou execuções extrajudiciais ordenadas pelo presidente Rodrigo Duterte, que resultaram em cerca de 12 mil mortos.
Wa Lone e Kyaw Soe Oo são dois jovens jornalistas da agência Reuters detidos em Myanmar, condenados a sete anos de prisão por terem documentado as mortes de dez pessoas de etnia Rohingya.
Já o jornal Capital Gazette, em Annapolis, Maryland, foi palco de um tiroteio em junho deste ano. Cinco pessoas morreram, entre as quais quatro jornalistas.
Entre os finalistas estavam figuras políticas como o presidente norte-americano, Donald Trump, o procurador Robert Mueller, o presidente russo, Vladimir Putin, e Moon Jae-in, o presidente da Coreia do Sul, além de um grupo de pessoas como as famílias separadas na fronteira entre o México e os Estados Unidos e os ativistas da "Marcha pelas Nossas Vidas", jovens que sobreviveram ao tiroteio numa escola de Parkland, na Florida.
O título é atribuído todos os anos a uma pessoa ou a um grupo de pessoas que "mais influenciou as notícias e o mundo, para o melhor ou para o pior, durante o ano". E este ano foram os jornalistas.
Em 2017, a Figura do Ano da revista Time tinham sido as mulheres que lideraram o movimento "MeToo", contra abusos sexuais.