Parlamento britânico vai votar novo plano para o Brexit a 29 de janeiro
A primeira-ministra Theresa May irá apresentar ao Parlamento na próxima segunda-feira, dia 21, um novo plano de concretização do Brexit. Essa moção será discutida e votada no dia 29 de janeiro, terça-feira, quando faltarem exatamente dois meses para a data prevista para a saída do Reino Unido da UE, 29 de março.
Entretanto, segundo o jornal The Times , dez deputados conservadores vão lançar uma nova campanha com vista à realização de um segundo referendo, usando novos slogans e estratégias diferentes das que foram usadas antes pelo grupo People's Vote.
A ideia é apoiada por 130 líderes empresariais britânicos, que pediram a Theresa May e a Jeremy Corbyn para impedirem um Brexit sem acordo, convocando um novo referendo. Numa carta publicada pelo jornal The Times, os executivos pediram para que "não seja perdido mais tempo" - e demonstraram toda sua falta de esperança num possível acordo antes do dia 29 de março. Entre os signatários está Lord Foster, o arquiteto do edifício da Apple na Califórnia, e Richard Johnston, o CEO da Endemol, além de Lord Myners, o antigo chairman do Marks & Spencer, e Justin King, o antigo chefe executivo do Sainsbury. "A única forma de fazer isto é perguntar às pessoas se ainda querem sair da UE. O relógio está a andar rapidamente antes que estejamos prontos para sair, os políticos não devem perder mais tempo em fantasias. Pedimos à liderança política dos dois partidos para apoiarem mais um voto do povo."
A comissão eleitoral britânica está a preparar medidas de contingência para um segundo referendo e também para as eleições europeias que se realizam de 23 a 26 de maio, no caso de os prazos do Brexit serem alargados. Parte dos 73 deputados do Reino Unido no Parlamento Europeu foram já recolocados numa antecipação do Brexit, mas o processo pode ser rapidamente invertido. "Como parte do nosso plano de contingência, estamos a fazer alguns preparativos que permitirão rapidamente tomar as medidas necessárias caso as circunstâncias mudem e tivermos de realizar essas eleições", explicou uma porta-voz da comissão eleitoral ao The Times.