Pais de criança assassinada em massacre escrevem carta aberta a fundador do Facebook
Noah foi uma das 20 crianças mortas no massacre de Sandy Hook, em dezembro de 2012. Pais dizem ser perseguidos por "grupos de ódio" que acreditam que tragédia foi encenação e se organizam no Facebook para perseguir famílias das vítimas
Noah tinha seis anos e foi uma das 20 crianças mortas no massacre de Sandy Hook, a 14 de dezembro de 2012, em mais um ataque sangrento nas escolas norte-americanas, que também vitimou cinco adultos. O atacante, Adam Lanza, jovem de 20 anos, entrou na escola primária no estado de Connecticut e, em poucos minutos, disparou contra os menores, suicidando-se no fim, já depois de ter matado a mãe em casa.
No entanto, os pais de Noah nunca conseguiram fazer o luto. Numa carta aberta dirigida ao fundador e líder do Facebook, Mark Zuckerberg, e divulgada esta quarta-feira pelo britânico The Guardian , Lenny Pozner e Veronique de la Rosa contam o terror pelo qual têm passado nos últimos cinco anos e meio.
Os progenitores dizem viver em fuga, de esconderijo em esconderijo, perseguidos por "grupos de ódio" que acreditam que Sandy Hook não passou de uma encenação e que promovem o ódio e se organizam através do Facebook para perseguirem familiares e amigos das vítimas daquele ataque.
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Lenny e Veronique referem que enviaram inúmeros pedidos à rede social para que não permitisse as publicações desses grupos e vincam que nada foi feito para inverter a situação, e que o nível de poder que o Facebook atingiu deveria ser acompanhado de uma tremenda responsabilidade para que a plataforma não seja utilizada para intimidar ou contribuir para a proliferação do ódio.
Os pais de Noah sugerem que as vítimas dos ataques e outras tragédias sejam tratadas como um grupo protegido no Facebook e que possam comunicar com o staff do Facebook para que sejam removidos imediatamente todas as publicações em que o ódio é promovido contra elas.