OMS acusa Tanzânia de não dar informação sobre casos de Ébola
A Organização Mundial de Saúde (OMS) está preocupada com o facto de a Tanzânia não estar a dar informações sobre suspeitas de casos de Ébola no país, com o risco de dificultar a luta contra a propagação do vírus.
A OMS divulgou neste fim de semana um comunicado em que afirma ter sabido de um suposto caso de Ébola, a 10 de setembro, que não foi relatado às autoridades em Dar es-Salaam.
As pessoas próximas daquele paciente, para quem o teste de despistagem para a febre hemorrágica deu positivo, foram colocadas em quarentena, indica a OMS, que adianta que dois outros casos suspeitos foram relatados oficiosamente.
"Apesar de vários pedidos, a OMS não recebeu mais detalhes das autoridades da Tanzânia sobre aqueles casos", lamenta o comunicado.
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Em 14 de setembro, as autoridades da Tanzânia asseguraram oficialmente que não existia Ébola no país, recusando um "teste de confirmação secundária" num centro da OMS, de acordo com a organização da ONU (Organização das Nações Unidas) para a saúde.
Depois, em 19 de setembro, a OMS foi informada de que uma pessoa com quem o paciente tinha tido contacto estava doente e hospitalizada.
"Até ao momento, os detalhes clínicos e os resultados da investigação, incluindo os testes laboratoriais realizados para um diagnóstico diferencial daqueles pacientes, não foram comunicados à OMS", indica o documento.
Os países da África Oriental estão em estado de alerta após a epidemia de Ébola na República Democrática do Congo, vizinha da Tanzânia, que matou mais de 2.100 pessoas em pouco mais de um ano.