Novo sismo no Japão, agora de 5,8 de magnitude

Os sismos dos últimos dias já provocaram 48 mortos. Foram registadas mais de 600 réplicas. Muitos edifícios estão danificados ou colapsaram
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Um sismo de 5,8 de magnitude na na escala de Richter voltou a atingir o Japão esta quarta-feira, com o epicentro a verificar-se a 104 quilómetros a sudeste de Sendai, perto da zona que em 2011 foi devastada pelo terramoto e tsunami que se seguiu.

O serviço geológico dos Estados Unidos revelou ainda que após o mais recente sismo no Japão, não se verificou nenhum alerta de tsunami. O Japão tem sido atingido por vários sismos nos últimos dias. O primeiro aconteceu na quinta-feira passada, mas os mais fortes aconteceram pouco depois, com magnitudes de 7,1 e 7,4. O balanço foi hoje atualizado, com 48 vítimas mortais confirmadas.

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A Kyushu, cerca de 100 mil pessoas estão a viver em abrigos, segundo a Reuters, mas algumas estão mesmo na rua, apesar das temperaturas durante a noite descerem até aos oito graus. Muitos edifícios ficaram danificados, centenas colapsaram. As previsões meteorológicas apontam para a possibilidade de chuvas intensas, fazendo com que aumente a preocupação com estruturas que possam não suportar o mau tempo e também com o perigo de deslizamento de terras.

Na cidade de Kumamoto, uma das principais da ilha de Kyushu, centenas de pessoas dormem nos carros com receio de regressar a casa. "Estou sempre a pensar que os sismos vão parar, mas eles continuam, continuam. É muito assustador", salientou uma mulher, que está num dos abrigos, à televisão japonesa NHK, citada pela Reuters.

Apesar dos edifícios públicos terem regras muito exigentes para a sua construção de forma a aguentar sismos, o mesmo não acontece para construções privadas. "Quando acontece um grande sismo, as estruturas devem aguentar os estragos que são impossíveis de serem arranjados se outros sismo acontecer em poucos dias", explicou Akira Wada, do Instituto de Tecnologia de Tóquio, citada pela Reuters. A maioria das mortes aconteceu quando as pessoas regressaram às suas casas após o primeiro sismo.

Numa semana foram registadas mais de 600 réplicas em Kyushu, com 89 a terem uma magnitude superior a quatro.

Com Reuters

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