Novo governo islandês admite referendo sobre adesão à UE
Mais de dois meses depois das eleições legislativas, a Islândia vai ter um novo governo de centro-direita composto por três partidos: o da Independência, o da Reforma e o do Futuro Brilhante. A coligação irá levar a votos no Parlamento a possibilidade de se fazer um referendo sobre a adesão da pequena ilha do Atlântico Norte à UE (recorde-se que o país pediu para entrar no clube europeu em 2009, mas retirou o pedido seis anos depois).
Juntos os três partidos conseguem 32 dos 63 deputados, o que lhes dá maioria para governar o país de 333 mil habitantes que foi à falência com a crise financeira e nas legislativas de 29 de outubro viu o Partido dos Piratas registar uma subida considerável nos votos. Bjarni Benediktsson, que é o atual líder do Partido da Independência, será o primeiro-ministro, enquanto que Benedikt Johannesson , atual líder do Partido da Reforma, será o ministro das Finanças. Na pasta da Saúde poderá estar o líder do partido Futuro Brilhante, Ottarr Proppé, músico em várias bandas, ator em diversos filmes e ex-vereador no município de Reiquejavique (nome da capital da Islândia).
Enquanto o Partido da Independência é contra a adesão à UE, os dois parceiros de coligação são a favor da ideia. Por isso, a solução encontrada foi a de deixar ser o Parlamento islandês a decidir se há ou não um referendo. A última sondagem conhecida, de dezembro, realizada pelo instituto Market and Media Research, revelou que 53% dos islandeses são contra a adesão à UE e 26% são a favor.
LEIA AQUI A SÉRIE DE ARTIGOS PUBLICADOS EM OUTUBRO PELO DN SOBRE A ISLÂNDIA:
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[artigo:5465024]
[artigo:5467059]