Escravos. Obrigavam deficientes e sem-abrigo a trabalhos forçados
Um foi mesmo obrigado a escavar o próprio túmulo. Nove membros de família britânica condenados por fraude e escravidão moderna
Nove membros de uma família britânica foram hoje condenados, por crimes de fraude e escravidão moderna, a penas de cadeia num total de 80 anos, após terem submetido deficientes e sem-abrigo a trabalhos forçados
Segundo o tribunal de Nottingham, a família Rooney escolheu na rua, durante mais de duas décadas, pessoas vulneráveis que depois obrigava a trabalhar no seu negócio de renovação de pavimentos durante longos dias de trabalho.
As vítimas estavam alojadas em caravanas sem água potável nem casas-de-banho.
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Um dos funcionários chegou a ser obrigado a escavar o próprio túmulo e esteve mais de 25 anos sob o controlo da família
Martin Rooney, de 57 anos e chefe da família, foi condenado a dez anos e nove meses de prisão e dois dos seus filhos, John e Patrick, tiveram penas de mais de 15 anos cada um.
O magistrado Timothy Spencer acusou Martin de educar os seus filhos "numa cultura de crime" e de tratar os trabalhadores como a "realeza medieval" tratava "os camponeses".
A Agência Nacional do Crime britânica (NCA) alertou que os casos de escravidão moderna e tráfico de pessoas são mais comuns no Reino Unido do que se poderia pensar, estando mais de 300 investigações abertas.