Nova Zelândia foi país que geriu melhor a covid-19. EUA ficaram em 10.º lugar
A resposta da Nova Zelândia à pandemia de covid-19 foi a melhor do mundo e este é o país que dá aos líderes empresariais mais confiança para investimentos futuros, de acordo com uma sondagem realizada pelo Bloomberg Media.
Nesta sondagem, realizada durante a segunda quinzena de agosto a 700 líderes executivos seniores de todo o mundo, os países foram avaliados no que toca a estabilidade política, recuperação económica, controlo do vírus e resiliência social. No final, foi elaborado um índice de gestão de crise de mercado da Bloomberg, publicado esta quinta-feira.
A Nova Zelândia teve a sua melhor classificação na estabilidade política e foi também considerado um destino de férias seguro. Por esses e outros motivos, este é o país onde estes empresários sentem mais confiança para investir. 66% dos executivos disseram que se sentiriam confiantes em investir na Nova Zelândia, colocando-a em primeiro lugar entre 15 destinos de investimento, a maioria dos quais com pontuação abaixo de 40%.
Depois da Nova Zelândia com 238 pontos, vem o Japão com 204 e em terceiro lugar aparece Taiwan com 198. Seguem-se Singapura, China, Tailândia e Austrália. O Reino Unido e os EUA - apesar dos altos números de casos e fatalidades da covid-19 - foram o nono e o décimo classificados.
Num momento em que o país desfruta do seu primeiro dia livre de restrições desde o início da segunda vaga da pandemia, o ministro das finanças da Nova Zelândia, Grant Robertson, afirmou que o plano do governo de agir "cedo e de forma dura" contra o vírus foi um sucesso. "Temos uma das economias mais abertas do mundo porque traçámos um plano e seguimo-lo. Eliminámos a segunda vaga, enquanto outros ainda estão a lutar para controlar o vírus." Desta forma a Nova Zelândia pode já estar um passo à frente e começar a "abrir oportunidades de investimento para apoiar a recuperação e reconstrução".
Mais da metade dos líderes empresariais inquiridos disseram que ainda estavam muito preocupados com a pandemia covid-19, especialmente em mercados como Japão, Malásia e Tailândia.
No geral, 58% dos executivos definiram-se como muito ou extremamente preocupados com a covid-19, com pouco mais da metade expressando preocupações sobre a saúde da sua própria família e a estabilidade política do seu país.
Pouco mais da metade admitiu que os funcionários das suas empresas ainda tinham pelo menos a opção de trabalhar em casa.
Apenas 40% acreditavam que as viagens internacionais normais seriam retomadas dentro de seis meses, o que diminuiu em relação aos 53% quando a mesma pergunta foi feita em junho e 58 % em maio.
A sondagem mostrou que as principais preocupações das empresas na pandemia são a enorme quantidade de problemas desconhecidos que poderiam surgir, juntamente com questões sobre a cadeia de fornecimento, as viagens de negócios internacionais, a falta de apoio do governo local e segurança dos dados.
O maior foco dos empresários, neste processo de retoma, tem sido fortalecer as unidades de gestão de crises, o planeamento da continuidade dos negócios e a transição digital. Há também uma ênfase crescente na gestão do otimismo das equipas, aumentando os recursos humanos e os planos de saúde, bem como as medidas de ciber-segurança.