A polícia norueguesa procura 20 criminosos de guerra sírios, na sequência de informações recolhidas junto de refugiados e das autoridades locais de imigração, disse um dirigente policial à Reuters. "Estamos a analisar com maior cuidado cerca de 20 indivíduos para definir se existe ou não base para lançar uma investigação. Trata-se de pessoas dos dois lados: pessoas que pensamos terem estado do lado [do presidente sírio Bashar] al-Assad, mas também do lado da rebelião", afirmou ontem Sigurd Moe, superintendente da secção de crimes de guerra do serviço de investigação criminal nacional..A polícia norueguesa investiga crimes de guerra desde 2005, mas até agora tinha-se concentrado em países como Ruanda e Sri Lanka, onde os conflitos já cessaram, facilitando as investigações. "O que é novo é que decidimos usar muito mais recursos para identificar criminosos de guerra entre os refugiados que estão a chegar agora", sublinhou o mesmo responsável na entrevista que deu àquela agência noticiosa internacional. Ao longo dos últimos seis meses, a polícia recebeu mais de uma centena de pistas sobre suspeitas vindas de entre os próprios refugiados..Numa altura em que a chegada massiva de migrantes e refugiados à Europa é um tema sensível, a Suíça, da mesma forma que a Dinamarca, tenciona confiscar bens aos refugiados que chegarem ao país. Segundo o programa 10 vor 10, da SRF, os refugiados que cheguem à Suíça têm que entregar ao Estado quaisquer bens que valham mais de 1000 francos suíços, ou seja, 915 euros. O objetivo é ajudar a pagar as despesas do seu acolhimento. O programa mostrou um recibo que as autoridades deram a um refugiado sírio depois de o obrigarem a dar-lhes metade do dinheiro que tinha..O confisco de bens dos refugiados é uma medida suscetível de provocar grande polémica. Tal como outras implementadas em território alemão após as agressões sexuais da noite de ano novo na cidade de Colónia. A câmara de Bornheim, por exemplo, proibiu os refugiados do sexo masculino de irem à piscina municipal. Face a tudo isto o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse ontem que a Europa falhou na questão dos refugiados.