Mulher cruzou-se com o "camião da morte" e contou como foi
O camião branco parou a seu lado, num semáforo. Laicia já o tinha visto antes: o condutor parecia agitado e tinha uma condução errática, acelerando e travando constantemente.
O espetáculo de fogo de artifício do 14 de Julho estava prestes a começar. Laicia Baroi e o namorado estavam ligeiramente atrasados e ainda a vários quarteirões dos acessos ao Promenade des Anglais. Nos semáforos do cruzamento entre a Avenida Fabron e a da Califórnia, junto ao Carrefour, parava a seu lado um grande camião branco.
"Era o camião do terrorista, tenho a certeza. Era o mesmo que apareceu nas imagens de televisão", garantiu Laicia ao jornal Nice-Matin.
Aquela não fora a primeira vez que esta testemunha se havia cruzado com o camião da morte, como começa a ser chamado nos media franceses. Cerca de meia hora antes do compasso de espera no semáforo, por volta das 22.00 locais, já Laicia tinha reparado nele.
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"Já o tinha visto um pouco antes. Ele conduzia de forma bizarra: acelerava, travava, voltava a acelerar e de novo travava... Achámo-lo muito bizarro mesmo", contou Laicia.
"No cruzamento, seguimos o nosso caminho, na direção do Promenade, para procurar um lugar de estacionamento, enquanto o camião foi na direção do aeroporto. Foi certamente lá que ele deu meia-volta", disse Laicia.
Menos de meia hora depois, regressava ao mesmo local e entrava desgovernado no Promenade des Anglais, ceifando a vida a cerca de 80 pessoas.
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