Milionário Richard Branson prepara um Live Aid para a Venezuela

Britânico critica Maduro e quer angariar 100 milhões de dólares (88,5 milhões de euros) em 60 dias com concertos junto à fronteira da Venezuela com a Colômbia

Richard Branson, empresário britânico fundador da Virgin Atlantic, está a planear um concerto ao estilo do Live Aid na fronteira venezuelana para angariar fundos e tentar pressionar o governo do presidente Nicolas Maduro a permitir a entrada de ajuda humanitária no país.

O milionário explicou num video difundido no site venezuelaaidlive.com que está a organizar "uma maravilhosa lista de artistas internacionais e regionais" para atuarem na cidade fronteiriça colombiana de Cucuta no dia 22 de fevereiro, em resposta a um pedido dos líderes da oposição Juan Guaido e Leopoldo Lopez. Guaido é reconhecido como presidente interino por mais de 30 países, enquanto Lopez está em prisão domiciliária em Caracas.

"Precisamos superar o impasse, ou então muitos venezuelanos estarão à beira da fome ou da morte. O nosso objetivo é angariar 100 milhões de dólares [88,5 milhões de euros] em 60 dias e reabrir as fronteiras da Venezuela para que a ajuda humanitária possa finalmente alcançar os milhões que mais precisam", disse Branson.

Os cantores colombianos Juanes e Carlos Vives, e a estrela do reggaeton venezuelano Nacho estão entre os artistas convidados, segundo o site do evento. Luis Fonsi, conhecido pelo sucesso "Despacito", e a cantora pop brasileira Anitta também estão na lista.

Os EUA estão a armazenar alimentos e ajuda médica em Cucuta, numa tentativa de pressionar o governo de Maduro e aliviar a escassez. O sucessor de Hugo Chavez ordenou que as forças de segurança não deixem o material passar, dizendo que fazem parte de um esquema preparado pelo governo de Donald Trump para ter um pretexto para a intervenção.

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