William Charles Morva vai ser executado na madrugada desta sexta-feira em Virginia, Estados Unidos. O homem de 35 anos foi condenado à pena de morte por ter assassinado dois homens em 2006, enquanto fugia da prisão. O caso do húngaro-americano Morva tem captado a atenção internacional, já que os seus advogados argumentam que sofre de graves problemas mentais..A morte de Morva está agendada para às nove horas da noite no centro correcional Greensville (1 da manhã, em Lisboa). Os advogados pedem que o governador da Virginia, Terry McAuliffe, comute a pena, alegando que Morva sofre de transtorno delirante, uma doença equiparável à esquizofrenia..Os defensores dizem ainda que o estado mental de Morva se agravou quando foi preso por roubo, em 2006, porque os médicos da prisão se recusaram a tratá-lo e que foram dadas informações incorretas sobre a doença durante o julgamento..Especialistas do Conselho das Nações Unidas para os Direitos Humanos disseram esta semana que o julgamento de Morva não cumpria todos os requisitos para ser considerado justo, segundo a Reuters..A União Europeia e a embaixada da Hungria nos Estados Unidos pediram que o governador poupasse o homem de 35 anos e 20 legisladores da Virginia pediram que a pena de Morva fosse comutada para prisão perpétua..Mais de 34 mil pessoas assinaram uma petição para McAuliffe a pedir clemência para Morva..Morva foi levado para um hospital em agosto de 2006, enquanto estava detido, e tentou fugir. Para isso, roubou a arma de um guarda e baleou-o. No dia seguinte, Morva baleou um vice-xerife que o tentava recapturar. Os dois homens morreram..A filha do vice-xerife escreveu um e-mail a McAuliffe a pedir que a vida de Morva seja poupada..O pedido de recurso do caso de Morva foi recusado pelo tribunal supremo em fevereiro. Esta execução será a 13ª nos Estados Unidos este ano..Em Portugal celebra-se este mês o 150º aniversário da abolição da pena de morte.."A abolição da pena de morte é ainda, passados estes 150 anos, um combate atual, um ideal pelo qual devemos batalhar todos os dias com a força do nosso exemplo", disse o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia comemorativa organizada pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.