Mike Pompeo em Cabul para relançar plano de paz

O presidente Ashraf Ghani e o rival Abdullah Abdullah reclamam ambos a vitória nas eleições de setembro do ano passado e a crise política ameaça a implementação do acordo assinado com os talibãs.
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O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, encontra-se na capital do Afeganistão para impulsionar o acordo de paz assinado em fevereiro com as forças talibãs.

Desde que o acordo de paz foi assinado que a crise política se instalou de forma profunda na capital por causa dos resultados das eleições presidenciais.

O presidente Ashraf Ghani e o rival Abdullah Abdullah reclamam ambos a vitória nas eleições de setembro do ano passado, tendo ambos tomado posse em cerimónias paralelas no início do mês.

Pompeo vai encontrar-se com os dois políticos, em reuniões separadas apesar de estar a ser preparado um encontro conjunto com o objetivo de ser alcançado um compromisso.

Os EUA gastam milhões de dólares no Afeganistão, incluindo uma parte significativa aplicada no orçamento do Estado afegão, sobretudo no que diz respeito às questões de Defesa.

A instabilidade política em Cabul tem prejudicado a implementação "de facto" do acordo de paz assinado com as forças talibãs e alcançado no passado dia 29 de fevereiro no Qatar.

A indefinição política na capital pode prejudicar os pontos do acordo que dizem respeito à retirada das forças estrangeiras do país no quadro da Aliança Atlântica.

Pompeo desloca-se ao Afeganistão numa viagem anunciada no sábado, apesar de o Departamento de Estado norte-americano ter alertado os cidadãos dos EUA a evitar viagens ao estrangeiros por causa da pandemia de coronavirus (Covid-19).

O secretário de Estado norte-americano tem sido criticado pela imprensa e pelos democratas norte-americanos depois de ter publicado uma fotografia dele e da mulher em casa a construírem um puzzle e a verem o filme "Top Gun".

A fotografia era acompanhada da legenda: "Se estiverem a perder um dia de praia atirem-se ao 'Top Gun'".

De imediato a imagem divulgada pela rede social Twitter começou a ser criticada acusando Pompeo de não estar a "fazer nada" para ajudar os norte-americanos que se encontram no estrangeiro a regressarem aos EUA.

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