Miel Gibson. Mãe solteira teve ideia para combater a crise, agora arrisca um processo

Com quatro filhos para alimentar e sem trabalho devido à quarentena, uma chilena decidiu brincar com o nome do ator para vender um <em>stock</em> de mel orgânico. Advogado do ator enviou-lhe um <em>e-mail </em>a ameaçar com processo.
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Yohana Agurto é uma professora desempregada do Chile que após quatro meses em quarentena decidiu vender mel orgânico - que tinha guardado em grandes quantidades - para tentar alimentar os quatro filhos.

Usou um jogo de palavras com "miel" - mel, em castelhano - e o nome do ator de Braveheart para criar a marca: é assim que surge a Miel Gibson - só para valentes, foi o slogan criado pela chilena.

O produto foi anunciado nas redes sociais e de boca em boca, e a professora recebeu encomendas suficientes para pagar as contas da família.

Até que na semana passada, conta o The New York Times, recebeu um e-mail dos advogados do ator. Dizia: "Chegou ao meu conhecimento que está a usar ilegalmente o nome e/ou imagem e/ou biografia do senhor Gibson para comercializar ou vender produtos de mel."

"Percebi que estava enfrentar Golias", disse Yohana Agurto em entrevista aos media chilenos.

Depois de algumas noites sem dormir, conta o jornal, Agurto decidiu que tinha investido muito tempo e esforço na sua marca de mel artesanal para simplesmente a encerrar.

Se admirava tanto William Wallace, o guerreiro escocês que Mel Gibson interpreta em Braveheart, decidiu contar publicamente sobre o processo com o qual estava a ser ameaçada.

Os artigos que se escreveram sobre a história da professora impulsionaram as vendas do mel artesanal. "Estou a dormir apenas três horas por noite", diz. "Tenho centenas de mensagens às quais ainda não respondi", descreve.

O advogado de Mel Gibson, Leigh Brecheen, disse que o ator não quer que Agurto retire o mel do mercado. "Nada disto tem como objetivo impedir que alguém ganhe dinheiro ou crie um negócio", diz o representante legal do ator através de um comunicado.

"Mas existem canais adequados para contacto e autorizações pelas quais é necessário passar para ter a certeza de que se tem aprovação para esse uso", diz ainda a nota.

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