Duas cadeiras foram colocadas na zona exterior da chancelaria alemã para Angela Merkel e a primeira-ministra da Moldávia, Maia Sandu, que assistiram sentadas à cerimónia dos hinos e às honras militares..Não é a primeira vez que esta quebra de protocolo acontece. Na quinta-feira passada, a chanceler alemã também ficou sentada quando recebeu em Berlim a nova primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen..Tanto hoje como na passada quinta-feira, a política alemã não mostrou sinais de uma possível nova crise de tremores..O estado de saúde de Angela Merkel, que celebra 65 anos na quarta-feira, tem levantado interrogações nas últimas semanas e suscitado alguma especulação..Na sexta-feira, o diário Bild, o jornal de maior circulação na Alemanha, referiu-se a uma posição de censura no seio da União Democrata-Cristã (CDU), a força política de Merkel, a propósito dos tremores que afetam a chanceler há cerca de um mês..O jornal questionou os motivos pelos quais a CDU atua "como se Merkel nunca tenha sofrido três ataques de tremores", afirmando que estes incidentes são um "assunto tabu" no seio da força política conservador alemã..Angela Merkel, que lidera o Governo da Alemanha desde 2005, tem mantido a sua agenda oficial na íntegra e desvalorizou, em declarações à imprensa, os episódios de tremores que sofreu.."Este processo ainda não terminou, claramente, mas há progressos e tenho de viver com isto por algum tempo. Mas estou muito bem e não têm de se preocupar comigo", reagiu a chanceler alemã, quando questionada pela imprensa sobre as crises..O último episódio de tremores ocorreu a 10 de julho numa cerimónia oficial no exterior da chancelaria, em Berlim, quando Merkel recebia o primeiro-ministro da Finlândia, Antti Rine..Os dois anteriores episódios aconteceram a 18 e a 27 de junho..O primeiro episódio ocorreu num dia de altas temperaturas e a chanceler atribuiu os tremores a desidratação..Stress, ansiedade ou doença degenerativa têm sido outras das potenciais causas faladas por especialistas.