Meghan não se sentiu protegida pela família real quando estava grávida
A duquesa de Sussex alega ter-se sentido "desprotegida" dos ataques dos tabloides britânicos quando estava grávida, considerando que a família real não a defendeu e impediu que se defendesse a ela própria. A revelação é feita nos documentos legais da ação contra o Mail on Sunday, que publicou excertos de uma carta pessoal que Meghan Markle enviou ao pai em agosto de 2018.
Nos documentos, os advogados dizem que a atriz, que casou com o príncipe Harry em maio de 2018, se tornou no alvo de "um grande número de artigos falsos e prejudiciais" nos tabloides britânicos, "que causou um tremendo sofrimento emocional e prejudicou a sua saúde mental".
E acrescentam: "Como os amigos nunca a tinham visto neste estado, estavam preocupados com o seu bem-estar, nomeadamente porque estava grávida, desprotegida pela instituição e proibida de se defender."
O tabloide, acusado de uso indevido de informações privadas, violação da proteção de dados e violação dos direitos de autor, argumenta que só revelou os excertos da carta depois de vários amigos de Meghan terem falado anonimamente à revista People e para mostrar que a missiva não era no tom carinhoso de que falavam.
Os advogados da duquesa alegam que ela não sabia que os amigos tinham falado à People nem falado do conteúdo da carta, indicando que como o palácio de Kensington tinha dado ordens para responderem "sem comentários" a qualquer pergunta sobre Meghan, se sentiam "frustrados" por estar a ser "silenciados" e ver as mentiras que estavam a ser publicadas. Terá sido por isso que alguns aceitaram falar à People, argumentam.
Meghan nega ter bloqueado as chamadas do pai, Thomas Markle, que não foi ao casamento por problemas cardíacos, ou ter mudado de número de telemóvel, alegando que o tentou contactar várias vezes sem resposta.
O tribunal já rejeitou as acusações de "deslealdade" da parte do tabloide por ter deixado de fora vários excertos da carta, escolhendo só as que lhe interessavam, assim como alegações que este tentou "alimentar" a divisão entre Meghan e o pai e que tinham uma "agenda" quando publicou histórias sobre ela.
Os advogados de Meghan alegam ainda que o casamento trouxe lucros de mil milhões de libras para o turismo britânico, ultrapassando em muito os custos com segurança.