Mais de dez feridos em confrontos entre estudantes e polícia no México

Alunos bloquearam os caminhos-de-ferro para exigirem contratação como professores no sistema de ensino público
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Confrontos na terça-feira entre estudantes e polícias antimotim no estado mexicano de Michoacán resultaram em mais de uma dezena de feridos.

Alunos da Escola Normal Vasco de Quiroga bloquearam os caminhos-de-ferro perto da instituição de ensino para exigirem a sua contratação como professores no sistema de ensino público quando acabarem o curso, segundo indicou a polícia estatal à agência Efe.

Mais de 200 agentes antimotim foram destacados para a zona e o confronto entre polícias e estudantes durou mais de três horas e estendeu-se a diversas ruas.

Os polícias lançaram uma centena de granadas de gás lacrimogénio e os estudantes usaram explosivos caseiros feitos à base de gasolina e substâncias químicas.

Foram incendiadas quatro viaturas pelos alunos que, ao fim de três horas, regressam à escola, a qual funciona como albergue estudantil, onde mantêm sob seu controlo pelo menos oito veículos de que se apoderaram antes do confronto com a polícia.

Os estudantes reportaram que quatro deles apresentam ferimentos na cabeça e abdómen causados pelas granadas de gás lacrimogénio.

Já a polícia estatal indicou que sete agentes têm ferimentos e fraturas e que um outro sofreu queimaduras graves nos genitais provocadas por um artefacto atirado pelos estudantes.

Na Escola Normal, localizada na zona rural de Tiripetío, formam-se em cada ano letivo 600 jovens, do sexo masculino, como professores do ensino básico, que se apoderam de veículos e bloqueiam estradas para exigir bolsas e contratos ao governo estatal.

Empresas do transporte de passageiros interpuseram, em 2015, diversas ações judiciais pelo roubo de autocarros, recaindo mandados de detenção sobre pelo menos 30 estudantes da escola.

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