Covid-19. Itália vive dia mais mortífero: 969 mortes nas últimas 24 horas
Itália registou mais 969 mortes e 5.909 casos confirmados de infeção por covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com dados da proteção civil transalpina divulgados nesta sexta-feira.
Este foi o pior balanço diário e no mundo desde o início da pandemia da covid-19, segundo os dados oficiais.
Itália totaliza agora 86.498 casos confirmados e 9.134 mortes.
Em relação ao dia anterior, Itália registou mais 1.417 casos confirmados e 307 mortes.
Os casos de contágio continuam a desacelerar, no entanto, com um aumento na ordem dos 7,4%, a taxa mais baixa desde o início da pandemia em Itália, há mais de um mês.
Nesta sexta-feira Itália ultrapassou a China (81.897) no número total de pessoas infetadas, incluíndo mortos e recuperados. Porém, o país que tem mais infetados é agora os Estados Unidos, que já ultrapassou os 93 mil.
O país está assim longe de conseguir controlar a epidemia, apesar das medidas restritivas que mantém desde o final de fevereiro, e que foram sendo progressivamente agravadas pelo governo de Giuseppe Conte até ao isolamento total, decretado a 9 de março.
Enquanto os números continuam a aumentar e a vida segue nos mínimos, com tudo fechado, à exceção de supermercados e mercearias, farmácias e bancos, e todas as atividades culturais, desportivas e outras adiadas para data incerta, num futuro também ele incerto, as autoridades italianas estão, em plena crise, e com caráter de urgência, a tentar fortalecer o seu sistema de saúde à beira do colapso, para poderem dar resposta à avalanche dos doentes.
Essa foi a palavra de esperança que o comissário indigitado pelo governo italiano para a emergência do coronavírus, Domenico Arcuri, deixou esta terça-feira numa conferência de imprensa em Roma, na sede da Proteção Civil. "Precisamos de mais máquinas, de mais camas, de mais pessoal. Temos de iniciar uma revolução no nosso sistema hospitalar", afirmou.