Mães da Guatemala processam EUA por terem sido separadas dos filhos

Em causa está a política de Donald Trump de tolerância zero à imigração ilegal, que obrigou estas mulheres a ficarem separadas dos filhos durante dois meses.
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Cinco mulheres da Guatemala vão processar os Estados Unidos por terem sido separadas dos seus filhos durante dois meses por causa da política do presidente Donald Trump contra a imigração ilegal. A ação judicial entrou nos tribunais esta quinta-feira e as mães exigem indemnizações por forma a compensar aquilo que consideram ter sido o "tratamento cruel" a que as suas famílias foram sujeitas.

"Os pais e seus filhos afirmam que o governo dos Estados Unidos os submeteu de forma intencional a um trauma excecional que terá implicações durante toda a vida", disse a American Immigration Council, uma das organizações que promove esta ação judicial interposta num tribunal federal do Arizona, a qual revela que os menores tinham entre os 5 e os 12 anos, acrescentando que o trauma que sofreram não foi causado por algo imprevisto pela política do Governo. "O Governo pretendia infligir danos emocionais para dissuadir os pais e os filhos de procurar asilo nos EUA", sublinha.

Na sequência da política de Trump de "tolerância zero" na fronteira com o México, mais de 2300 crianças foram separadas dos pais, sendo cinco delas estas guatemaltecas que foram detidas em centros no Arizona, onde ficaram durante dois meses separadas dos filhos e com pouca informação sobre eles. De acordo com os advogados, um dos rapazes que ficou separado da família ficou traumatizado e não consegue dormir sem a mãe, enquanto uma menina sofre de pesadelos desde a separação.

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