Maduro celebra fracasso do bloqueio à presidência venezuelana do Mercosul

A aliança de países membros que se opunham à presidência rotativa venezuelana não conseguiu impedir que Caracas tomasse posse este mês
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O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, celebrou hoje o fracasso da aliança formada pela Argentina, Brasil e Paraguai no bloqueio à presidência da Venezuela no Mercosul, insistindo que o seu país continuará a exercer a presidência rotativa da organização.

"A Venezuela tem a razão moral e continuará a exercer a presidência rotativa do Mercosul, de maneira equilibrada e justa", disse Maduro, citado pela televisão estatal.

O Presidente venezuelano referia-se à reunião realizada terça-feira em Montevideo e centrada na busca de soluções face à oposição de alguns Estados-membros de que a Venezuela presida à organização, em que estiveram presentes representantes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Segundo Nicolás Maduro, a reunião terminou sem consenso, o que traduz um fracasso anunciado.

No passado dia 6 de agosto, a Venezuela içou a bandeira do Mercosul e emitiu um comunicado a sublinhar que assumira a presidência rotativa da organização, acusando ao mesmo tempo Argentina, Paraguai e Brasil de "boicote" contra Caracas.

Antes, a 29 de julho, a Venezuela anunciou que assumia a presidência rotativa do Mercosul, depois de o Uruguai, em comunicado, ter dado por concluída a sua gestão de seis meses, sem anunciar a qual país membro da organização passava o cargo.

O Brasil informou os outros três Estados-membros do Mercosul (Uruguai, Paraguai e Argentina) que entendia que a presidência rotativa estava "vaga", por não haver consenso relativamente à Venezuela.

O Paraguai anunciou ser contra a possibilidade da Venezuela dirigir o Mercosul, e a Argentina afirmou que não reconhece a presidência venezuelana da organização.

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