Lula vai a manifestação pró-Dilma em São Paulo

A manifestação está marcada para as 16:00 (mais três horas em Lisboa)
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O ex-presidente Lula da Silva, no centro da crise política que está a abalar o Brasil, terá decidido ir a uma manifestação pró-Dilma, marcada para esta tarde na avenida Paulista, em São Paulo, segundo informação da Central Única de Trabalhadores (CUT) e do partido de Lula, o PT, citada pela revista Veja. O jornal A Folha de São Paulo, avança a mesma informação citando fontes do PT.

A manifestação está marcada para as 16:00 (mais três horas em Lisboa) e para o mesmo local onde esta manhã a polícia usou canhões de água e gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes que prometiam permanecer no local até que a presidente Dilma Rousseff fosse destituída. Apesar da retirada, os manifestantes prometerem voltar.

O movimento que pede a saída de Dilma da presidência ganhou força com a o escândalo dos últimos dias - sobretudo depois da revelação das escutas que parecem indicar que Dilma nomeou Lula como ministro da Casa Civil para que evitar que este fosse preso preventivamente ou com o intuito de alterar o foro judicial competente. Ontem, à porta do Palácio do Planalto, enquanto decorria a cerimónia de tomada de posse, apoiantes do governo e manifestantes contra Dilma protestaram ao mesmo tempo, envolvendo-se em pequenos confrontos.

E para esta tarde está marcada uma manifestação de apoio a Dilma para a qual os organizadores esperam dezenas de milhares de pessoas. Segundo a Folha, o ex-presidente estava a avaliar a presença na manifestação, temendo confrontos, mas sucumbiu ao argumento de que o ato é definidor neste momento político.

O evento está previsto para as 16:00 (mais três horas em Lisboa) e, caso se confirme a presença do antigo Presidente, as autoridades temem confrontos, já que estarão em São Paulo vários grupos de manifestantes em oposição, pró-impeachment de Dilma e contra o governo.

Com a nomeação para ministro da Presidência, o ex-Presidente brasileiro passa a gozar de alguma imunidade jurídica, com as investigações a poderem apenas ser conduzidas pelo Supremo Tribunal. Uma decisão judicial determinou quinta-feira a suspensão cautelar da sua nomeação, mas, mais tarde, a decisão foi anulada por outra instância.

O ex-Presidente ainda não pode, porém, exercer as funções do cargo porque, entretanto, uma juíza do Rio de Janeiro aceitou outro pedido apresentado para anular a sua nomeação.

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