Lula ainda à frente nas sondagens. Bolsonaro confirma vice-liderança

Antigo presidente soma 31% das intenções de voto, segundo pesquisa do instituto Brasilis. Sem ele, ex-militar lidera disparado. "Plano B" do PT com resultado fraco.

Lula da Silva continua à frente das sondagens para a eleição presidencial de outubro no Brasil, de acordo com sondagem realizada pelo instituto Brasilis, às vésperas do Superior Tribunal de Justiça negar habeas corpus ao antigo presidente. Sem a presença de Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), no sufrágio, o cenário dado como mais provável pela maioria dos analistas, é o deputado e militar Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal, e conotado com a extrema-direita, quem lidera.

À pergunta espontânea (sem dar nomes de candidatos) "em quem votaria se as eleições fossem hoje", Lula surge com 24 pontos, seguido dos que não sabem/não respondem, com 23, de Bolsonaro, com 17, e dos que responderam "em nenhum", com 15. Na pergunta estimulada (já com nomes de candidatos), o concorrente do PT surge com 31% das respostas, mais oito pontos do que Bolsonaro. Onze por cento respondem "nenhum" e 10% optam pelo apresentador de televisão Luciano Huck, que já anunciou duas vezes que não se candidata mas simboliza a novidade de fora da política nas eleições.

Sem Lula, o tal cenário provável dados os problemas na justiça do antigo presidente por causa do Caso Tríplex, Bolsonaro lidera com folga: soma 28%. Marina Silva, a ambientalista da Rede Sustentabilidade e terceira mais votada nas últimas duas presidenciais, teria 15%, Geraldo Alckmin, do Partido da Social Democracia Brasileira, 12% e Ciro Gomes, do Partido Democrático Trabalhista, 11%. Jaques Wagner, tido como "plano B" do PT, surge com meros 4%, o que dá expressão à dependência eleitoral do partido do seu "líder espiritual". Mas atrás de Bolsonaro, e à frente de Marina, está o bloco de 18% que responde "em nenhum".

A sondagem da Brasilis foi realizada entre os dias 1 e 5 de março através de 1330 entrevistas aleatórias por telefone com margem de erro de 2,7.

São Paulo

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