Kamala Harris: a filha de imigrantes que quer tirar Trump da Casa Branca
"Adoro o meu país e quero lutar pelo melhor que nós somos", afirmou Kamala Harris no programa Good Morning America da ABC News. A senador da Califórnia foi a última democrata a anunciar a entrada na corrida às primárias que vão determinar o candidato do partido às presidenciais de 2020.
Crítica feroz do presidente Donald Trump, a senadora de 54 anos e ascendência indiana e jamaicana junta-se assim a Elizabeth Warren, Kirsten Gillibrand, Tulsi Gabbard e John Delaney no grupo de democratas que lançaram um comité exploratório. Este é o primeiro passo de qualquer campanha presidencial nos EUA.
Antes do anúncio formal de candidatura, qualquer aspirante a presidente lançar um comité exploratório. O democrata Barack Obama fê-lo em janeiro de 2007, tendo formalizado a corrida no mês seguinte, o republicano Mitt lançou o seu em abril de 2011, mas só em junho oficializou a candidatura. Isto só para dar dois exemplos. Mas também há quem ignore este passo, como Hillary Clinton fez em 2016.
O objetivo destes comités é recolher o máximo de fundos possível. São eles que ajudam o candidato a fazer as primeiras viagens pelo país, a contratar uma equipa e a fazer as primeiras sondagens. De tal forma que quando anunciam a candidatura, já estão em plena campanha.
Na ABC, Harris garantiu: "tenho a experiência única de ter sido uma líder no governo local, governo estatal e governo federal". Antes de acrescentar: "O povo americano quer uma lutadora... e eu estou preparada".
Com quase dois anos até às presidenciais, esta campanha já é histórica. Afinal quarto mulheres já entraram na corrida à nomeação democrata. Mas são muitos os nomes de que se fala para se juntar a elas. De veteranos como o senador Bernie Sanders ou o ex-vice-presidente Joe Biden a novas promessas, como Beto O'Rourke, que em novembro quase tirou a Ted Cruz o lugar de senador do Texas.
Senadora desde 2017, Harris, filha de imigrantes jamaicanos e indianos, foi muito crítica da nomeação do juiz Brett Kavanaugh para o Supremo Tribunal, apesar das acusações de assédio sexual de que era alvo e tem criticado a ligação entre a Administração Trump e a Rússia.
Mas ela própria tem sido alvo de criticas por ter dito ignorar as acusações de assédio contra um dos seus assistentes.