John Bolton sobe o tom contra o Irão: "Estamos atentos e vamos atrás de vocês"
"Se se meterem connosco, com os nossos aliados ou com os nossos parceiros e se fizerem mal aos nossos cidadãos vão passar por um inferno." A ameaça dirigida ao Irão, e citada pela BBC, foi proferida na terça-feira pelo conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, num encontro à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Bolton falava depois de o seu presidente ter apontado o dedo à República Islâmica no discurso que proferiu perante a Assembleia Geral, no qual acusou o Irão de "semear o caos, a morte e a destruição" no Médio Oriente e denunciou a sua "agenda sangrenta".
Os EUA abandonaram o acordo nuclear de 2015, negociado pelo antigo presidente Barack Obama. Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia continuam comprometidos com o acordo e procuram agora implementar um novo sistema de pagamento que permita continuar as relações comerciais apesar das novas sanções impostas pelos Estados Unidos depois de terem abandonado o referido Acordo de Viena. O plano para este novo sistema foi anunciado nas Nações Unidas pela chefe da diplomacia europeia Federica Mogherini.
O presidente iraniano Hassan Rouhani respondeu a Trump, na mesma assembleia, acusando-o de "bullying" e de minar o multilateralismo.
John Bolton subiu o tom e apontou o dedo ao Irão, que diz ser governado por um "regime assassino", avisando: "Deixem-me ser claro. Nós estamos atentos e vamos atrás de vocês." O conselheiro de Segurança Nacional falava numa reunião anti-Irão nuclear, em Nova Iorque.
Donald Trump deverá presidir hoje a uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o Irão e a não-proliferação de armas nucleares.