EUA permanecem "totalmente empenhados" em acordo de paz
O Presidente Donald Trump disse hoje que os Estados Unidos permanecem "totalmente empenhados" em garantir um acordo de paz para o Médio Oriente, no dia da abertura da controversa embaixada dos EUA em Jerusalém.
Numa mensagem em vídeo divulgada no decurso da cerimónia de inauguração, Trump considerou que a nova embaixada "estava à espera há muito tempo". A transferência da embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém foi uma das promessas chave de Trump durante a campanha para as presidenciais em 2016 e foi saudada por Israel.
No entanto, a decisão motivou uma forte reação dos palestinianos, que reivindicam Jerusalém oriental como a capital do seu futuro Estado e consideraram que a decisão afasta os Estados Unidos da sua função de mediador para um acordo de paz no Médio Oriente.
Apesar dos graves incidentes em Gaza, Trump referiu que a sua "maior esperança" reside na paz, e que os Estados Unidos "permanecem totalmente comprometidos em promover um acordo de paz duradouro".
Previamente, através da sua conta Twitter, Trump já se tinha congratulado com a transferência da embaixada norte-americana, referindo-se a "um grande dia" para Israel.
Em paralelo, o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo reafirmou hoje o compromisso dos Estados Unidos para uma "paz global e duradoura entre Israel e os palestinianos", no âmbito da transferência da embaixada.
O seu curto comunicado não inclui qualquer referência às dezenas de palestinianos mortos hoje na Faixa de Gaza por soldados israelitas durante manifestações contra a transferência da embaixada, na sequência da controversa decisão de Trump anunciada em dezembro.
"Hoje, tenho orgulho em celebrar a abertura da embaixada dos Estados Unidos em Israel em Jerusalém", declarou o chefe da diplomacia norte-americana. "Estou feliz por ter visitado Israel durante a minha primeira viagem ao estrangeiro na qualidade de secretário de Estado" no final de abril e "estou impaciente por regressar em breve para visitar a nova embaixada e o embaixador [David Friedman] em Jerusalém", acrescentou.
"Permanecemos determinados em promover uma paz global e duradoura entre Israel e os palestinianos", disse ainda.
O Departamento de Estado norte-americano, questionado pela agência noticiosa France-Presse, não emitiu qualquer comentário no imediato sobre as manifestações em Gaza e a repressão das forças israelitas.
Os EUA inauguraram hoje a embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.
A transferência da embaixada de Telavive para Jerusalém foi uma das promessas chave de Trump durante a campanha para as presidenciais em 2016 e foi saudada por Israel.
No entanto, a decisão motivou uma forte reação dos palestinianos, que reivindicam Jerusalém Oriental como a capital do seu futuro Estado e consideraram que a decisão afasta os Estados Unidos da sua função de mediador para um acordo de paz no Médio Oriente.
Mais de 40 palestinianos, incluindo cinco menores, morreram hoje devido a disparos de soldados israelitas no decorrer destes protestos, segundo um novo balanço do Ministério da Saúde em Gaza, que também confirmou o registo de pelo menos 772 feridos, dos quais 86 em estado grave ou crítico.