Japoneses querem tirar idosos do volante para diminuir acidentes fatais
O governo japonês está a pensar em medidas preventivas para diminuir o elevado número de idosos, acima dos 75 anos, a conduzir por forma a reduzir o número elevado de acidentes mortais provocados por pessoas desta faixa etária. O problema está a afligir a maioria da população mais jovem, existindo já movimentos para que se imponham regras.
É verdade que o Japão registou 3532 mortes na estrada no ano de 2018, um mínimo histórico no país, mas o problema é o nível de sinistralidade entre os condutores mais idosos está a aumentar, tendo-se registado 460 acidentes fatais no ano passado, enquanto nos primeiros quatro meses de 2019 já chegaram aos 109.
A maioria desses acidentes surgiram porque esses condutores idosos carregaram no acelerador quando pretendiam travar.
O governo nipónico já assumiu que este é um problema de difícil resolução, sobretudo no que diz respeito às pessoas que vivem fora das grandes cidades, em lugares com escassez de transportes e que estão dependentes do seu carro para se deslocarem.
Uma das propostas governamentais em cima da mesa é limitar os motoristas idosos a determinados tipos de veículos em horários específicos e em certas zonas, estando em estudo a promoção de medidas para aumentar a oferta de transportes. Yuriko Koike, governadora de Tóquio, já anunciou que irá criar um subsídio para a aquisição de um equipamento que evite a aceleração súbita do automóvel.
Ainda assim, a maioria dos japoneses a melhor solução é que os idosos com mais de 75 anos devolvam simplesmente a carta de condução, sendo que a Agência Nacional da Polícia tem promovido campanhas para que as pessoas devolvam a sua licença de condução de forma voluntária. Uma medida que já deu alguns resultados, uma vez que, em 2018, mais de 292 mil motoristas dessa faixa etária acederam a essa campanha.