Volkswagen apela ao voto nas eleições europeias

"Temos de tornar a UE mais atraente para os estados membros e, acima de tudo, para as pessoas que vivem e trabalham cá. Eles precisam experimentar uma Europa enriquecedora, progressista e alegre para si mesmos e nas suas vidas quotidianas", disse Gunnar Kilian, perante uma plateia de diplomatas, funcionários públicos e legisladores da UE.
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A Volkswagen a apelar ao voto nas próximas eleições para o Parlamento Europeu? Sim, aconteceu na segunda-feira, em Bruxelas, pela voz de Gunnar Kilian, o executivo da marca alemã, pedindo que se ponha "fim aos movimentos separatistas" e anunciando que a empresa "formulará um pedido claro de votos nas eleições" de 23 de maio, "porque a nossa democracia precisa do voto de todos".

A explicação para esta surpreendente entrada na política da gigante alemã do mercado automóvel tem uma explicação. "A VW é uma empresa europeia de uma ponta à outra", disse Gunnar Kilian, em Bruxelas, na noite de segunda-feira, perante uma plateia de diplomatas, funcionários públicos e legisladores da UE e lembrando que a empresa emprega cerca de 480 mil funcionários em toda a União.

Além disso, "a União Europeia é uma garantia de paz, liberdade, prosperidade e comércio aberto" e "unida é o nosso futuro", defendeu o executivo.

As eleições para o Parlamento Europeu - acontecem a cada cinco anos - atraíram a atenção do gigante alemão, preocupado com a crescente onda anti-Europa. Esta será a a primeira eleição pós saída do Reino Unido e existe a possibilidade real de os partidos anti-Europa, com a Liga do italiano Matteo Salvini, ganharem lugares suficientes no Parlamento para interromper negócios legislativos. Algo que provavelmente afetaria a construtora alemã.

A Volkswagen tem fábricas em sete países europeus - entre eles Portugal, a Autoeuropa em Palmela - e 71 locais de produção em toda a região europeia. "Temos de tornar a UE mais atraente para os Estados membros e, acima de tudo, para as pessoas que vivem e trabalham cá. Eles precisam de experimentar uma Europa enriquecedora, progressista e alegre para si mesmos e em suas vidas quotidianas", disse Gunnar Kilian.

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