O presidente da Venezuela prometeu quarta-feira ser "implacável" se ocorrer uma tentativa de "golpe fascista" e ameaçou radicalizar a sua ação, voltando a referir-se a um suposto golpe de Estado evitado na semana passada.."Seremos implacáveis numa contraofensiva revolucionária contra a tentativa de um golpe fascista", afirmou Nicolás Maduro, num evento com apoiantes do chavismo..O chefe de Estado enfatizou que as suas declarações não devem ser encaradas como uma ameaça: "o que pode acontecer é uma revolução mais radical, uma revolução mais profunda"..Maduro informou que as autoridades estão a capturar militares ativos e aposentados, polícias e funcionários civis envolvidos no alegado golpe, que teria sido operacionalizado a partir de Colômbia, EUA e também em solo venezuelano..Maduro disse que possui "mais de 56 horas" de gravações dos envolvidos e, após um longo período de 14 meses, deu "a ordem para os deter a todos", atribuindo o fracasso desta insurreição fracassada ao "tremendo moral e consciência dos oficiais"..Entre os alegados planos dos conspiradores estaria o assassínio de membros do Governo e de generais da Força Armada Nacional da República Bolivariana da Venezuela, bem como de pessoas ligadas aos chamados 'coletivos' - organizações que o apoiam -, bem como o uso de explosivos para "destruir serviços públicos"..A Venezuela vive um período de intensa tensão política desde janeiro, depois de Maduro ter tomado posse para um segundo mandato, na sequência de eleições que a oposição considera fraudulentas..O presidente do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, autoproclamou-se presidente interino, tendo sido reconhecido como tal por mais de 50 países.