Último balanço: já há nove mortos no fogo da Califórnia
As autoridades norte-americanas aumentaram de cinco para nove o número de pessoas que morreram no incêndio a norte da Califórnia, na vila de Paradise, que já destruiu 6 453 habitações e consumiu 362 quilómetros quadrados. As chamas não têm dado tréguas na Califórnia, que também no Sul, em Malibu, é assolada por um grande incêndio que já destruiu casas e obrigou ao encerramento da principal auto-estrada.
O xerife do condado de Butte, Korey Honea, disse esta madrugada (hora de Lisboa) que sete das pessoas foram encontradas carbonizadas dentro dos seus carros, uma próxima da sua viatura e uma outra no interior de uma habitação.
As autoridades adiantaram que têm a informação de que pelo menos 35 pessoas estão dadas como desaparecidas em resultado do incêndio na vila de Paradise, a 2290 quilómetros de São Francisco, e sublinharam que este fogo é já o mais destrutivo do estado da Califórnia, desde que há registos.
Um responsável do Departamento de Florestas e Proteção contra Incêndios da Califórnia, Scott McLean, explicou que as equipas de bombeiros desistiram de combater as chamas e, em vez disso, deram prioridade a ajudar a salvar pessoas.
"A comunidade de Paradise está quase destruída. É esse o tipo de devastação", enfatizou.
Com os incêndios também ativos no sul da Califórnia, as autoridades estaduais estimam em 250 mil o número total de pessoas forçadas a sair de suas casas. As ordens de evacuação incluíram a cidade de Malibu, onde habitam 13 mil pessoas, entre elas algumas das maiores estrelas de Hollywood.
O Presidente Donald Trump emitiu uma declaração de emergência fornecendo fundos federais para os condados de Butte, Ventura e Los Angeles.
Quando Paradise foi evacuada, a ordem provocou o êxodo desesperado de muitas pessoas que ficaram presas no trânsito e que foram obrigadas a abandonar os seus veículos para fugir a pé.