Paul Gosar. O candidato atacado por seis irmãos na televisão

Grace, David, Jennifer, Tim, Joan e Gaston Gosar aparecem num vídeo a fazer campanha... pelo candidato que concorre contra o irmão.
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Paul Gosar é o mais velho de dez irmãos e, ao que parece, não terá uma boa relação com a maioria. Seis irmãos do congressista republicano do Arizona, candidato à reeleição em novembro, deram a cara pelo seu oponente, num anúncio de televisão em que dizem que Paul não está preparado para o cargo.

No vídeo de apoio ao candidato democrata David Brill, Grace, David, Jennifer, Tim, Joan e Gaston são apresentados como cidadãos comuns do estado do Arizona, nos EUA, e só no final dizem o seu apelido... Gosar.

O anúncio começa com a intervenção de Grace, médica rural, que diz que "Paul Gosar, o congressista, não está a fazer nada para a apoiar a América rural".

David, advogado, afirma que o irmão não está a trabalhar pelo seu distrito, enquanto Jennifer diz que se o irmão se importasse com as pessoas do estado do Arizona estaria a lutar "pela segurança social, por um melhor acesso aos cuidados de saúde".

Noutro vídeo, os irmãos explicam que "nada disto é agradável para qualquer um deles" e que ficam "tristes" por terem de fazê-lo. "Temos de falar publicamente pelo nosso bom nome, isto não é quem nós somos", resume David Gosar.

De acordo com o jornal local Arizona Republic, citado pela BBC, a campanha é "brutal, mas não inesperada", já que Paul Gosar tem um longo historial de atitudes controversas. Em agosto de 2017, por exemplo, o congressista foi notícia depois de ter sugerido que a violenta manifestação neonazi em Charlottesville, na Virginia, tinha sido planeada pela esquerda para minar Donald Trump.

Já em 2015, Paul Gosar boicotou um discurso do papa Francisco frente ao Congresso, acusando-o de apoiar a "ciência questionável" no que diz respeito às alterações climáticas.

Em julho, lembra a BBC, defendeu o ativista da extrema-direita inglesa Tommy Robinson, e chamou "nojentos e depravados" aos imigrantes muçulmanos, durante um discurso em Londres.

Os chamados anúncios negativos, como este, têm como alvo direto os opositores do candidato em cada corrida eleitoral e são muito comuns nos Estados Unidos.

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