Morreu autarca polaco esfaqueado num concerto de solidariedade

Presidente da câmara de Gdansk não resistiu aos ferimentos
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Paweł Adamowicz, presidente da Câmara de Gdansk, que foi esfaqueado no palco de um concerto de solidariedade, perante milhares de pessoas, morreu esta segunda-feira em resultado dos ferimentos. O autarca foi sujeito a uma operação de mais de cinco horas e o seu estado era considerado crítico. Acabou por não resistir. "Não podíamos ganhar", disse aos jornalistas o ministro da Saúde, Lukasz Szumowski, referindo-se à gravidade dos ferimentos.

O autor do esfaqueamento é um homem que a imprensa polaca está a identificar como Stefan W., de 27 anos e com um historial de crimes violentos, que deixou a prisão há um mês. Segundo a estação de televisão TVN, momentos antes do ataque o homem terá gritado que esteve detido e foi torturado pelo principal partido da oposição na Polónia, a Plataforma Cívica (democrata-cristã), à qual o autarca pertencia.

Pawel Adamowicz, 53 anos, era presidente da Câmara de Gdansk desde 1998. Integrou a oposição democrática naquela cidade, ainda no tempo da liderança de Lech Walesa. Era visto como um político progressista e tolerante - era um nome destacado na defesa dos imigrantes e refugiados -, e apoiante dos direitos da comunidade LGBT.

O ataque foi condenado por vários políticos polacos, entre os quais o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, e o Presidente do Conselho Europeu e co-fundador da Plataforma Cívica, o polaco Donald Tusk, que manifestaram solidariedade para com o autarca."Apesar das diferenças políticas, estou incondicionalmente com ele e com os que lhe são próximos", afirmou o presidente da Polónia, Andzrej Duda, na rede social Twitter, ainda antes do anúncio da morte de Paweł Adamowicz.

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