Missão cumprida ou algo mais? Delegado do Caso Marielle afastado

O motivo oficial é que Giniton Lages cumpriu a sua missão. Na conferência de imprensa após a detenção dos suspeitos, no entanto, o agente parecia empenhado na fase seguinte das investigações
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O delegado Giniton Lages, chefe da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro e responsável por conduzir as investigações do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, será afastado do caso pela Polícia Civil. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo, nesta manhã. O motivo oficial do afastamento é a conclusão da missão.

Durante a conferência de imprensa de ontem, no entanto, Lages dizia-se empenhado em conduzir a segunda fase das investigações, a que levaria à descoberta dos mandantes e da motivação do crime. A alteração repentina gerou por isso interpretações na imprensa brasileira de que havia sido a citação ao nome de Jair Bolsonaro durante essa conversa com os jornalistas que teria motivado a dispensa.

Na ocasião, após pergunta de jornalistas, Lages confirmou que um dos filhos do presidente da República namorara uma filha de Ronnie Lessa, o acusado de ser o autor dos disparos que é vizinho de Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da tijuca, no Rio de Janeiro.

O assassinato de Marielle e de Anderson ocorreu faz amanhã um ano, no centro do Rio, quando o carro em que se dirigiam foi emparedado por outro e alvo de uma rajada de 13 tiros. Após avanços e recuos nas investigações, a polícia prendeu ontem o suspeito de disparar os tiros que os mataram, Lessa, e o homem que lhe serviu de motorista, Élcio Queiroz, ambos ex-polícias.

Em São Paulo

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