Mau tempo. Derrocada de varandas faz seis mortos em Bissau
As vítimas encontravam-se abrigadas debaixo das varandas do prédio, na zona da Chapa de Bissau, num momento em que chovia, precisou a responsável. Cinco pessoas foram retiradas dos escombros e transportadas para o hospital Simão Mendes, três das quais em estado grave, precisou a ministra da Administração Territorial, Odete Semedo.
Vários países da África Ocidental, incluindo a Guiné-Bissau, entraram tardiamente na estação das chuvas deste ano. As últimas semanas foram marcadas por fortes chuvas e tempestades violentas que mataram várias pessoas, em particular no Senegal. Apesar dos repetidos apelos das autoridades para ficarem em casa em caso de tempestade, um grupo de pessoas refugiou-se sexta-feira à noite sob uma varanda de um edifício na artéria principal da cidade, que liga o aeroporto ao centro de Bissau.
Máquinas retroescavadoras foram levadas para o local para a remoção dos escombros. Ao local, acorreram populares e elementos das autoridades, nomeadamente a ministra da Administração Territorial, o secretário de Estado da Ordem Pública, Mário Saegh, o presidente interino da Câmara Municipal de Bissau, Rui Cardoso, e o comissário nacional da polícia guineense, general Armando Nhaga.
Odete Semedo indicou que o Governo vai instituir uma comissão de inquérito para apurar as responsabilidades e aumentar o nível de fiscalização nas construções feitas no país.
O presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, lamentou hoje a perda de vidas no desabamento de duas varandas num prédio na cidade de Bissau e o Governo garantiu que vai apurar responsabilidades.
O presidente guineense agradece também a "todos os homens e mulheres, bem como os profissionais do corpo dos bombeiros e dos hospitais que estiveram no terreno" a prestar apoio às vítimas.
O primeiro-ministro do país, Aristides Gomes, que também já lamentou a perda de vidas no desabamento, referiu, na sua página nas redes sociais, que as "causas da tragédia serão apuradas e haverá uma responsabilização de forma a desencorajar atitudes que põem em risco a segurança e a vida dos cidadãos".